A História do Colonization V

Prelúdio – Império Ziggydustian

Na Capital Ziggydustian…

“Governador, recebemos uma chamada em Hiperespaço d’A Alvíssima Regina.”

“Er… sério? Co… como assim, a Imperatriz Hyperion nos… nos ligou?”

O Ministro dos Afazeres Domésticos era um Bankhoziano. Era um homenzinho (que palavra feia, pensava Governador) de pouco mais de um metro e quarenta, e usava roupas pesadas demais para o clima desértico da Capital Ziggydustian. Sempre usando ternos de Hyperweave, e pelo menos cinco camadas de roupas! Um horror!

“Sim, Governador. Já faz dois anos desde nossa última remessa de Especiarias. A Imperatriz está querendo atualizações sobre nossa produtividade.”

“Que produtividade? Não temos mais uma Mina de Especiarias, temos? Obviamente que não iremos produzir nenhum lote de Especiarias.” — essa era a voz de Marthok. Marthok não gostava de seu título, de Ministro da Economia. Marthok era um homenzarrão enorme, com dois metros e dez, pele escura, e esse sim usava roupas adequadas para o clima da Capital, ou seja, usava nada além de uma tanguinha e uma boa quantidade de joias em seu corpo bem definido. Claro, Marthok era um Dracon — e estava acostumado com climas quentes.

“Sem contar que não temos sequer a tecnologia para produção de Mineradoras. Os últimos traços de uma mineradora foram dizimados na última revolta dos trabalhadores, e o que sobrou de nosso Centro de Pesquisas foi pilhado ano passado. Levaram todos os computadores e, com eles, todos os dados.” — Ministre das Ciências Solimar, um Ziggydustian bem atraente (e solteiro) usava roupas vermelhas e olhava para Governador com olhos belos e determinados.

‘Que beleza…’ — pensava Governador.

***

Aquela era uma situação típica de burocratas, ou seja, nao sabiam nada além do alcance de suas mesas. Pois bem, Solimar foi por muitos anos um cientista, mas teve que aprender a jogar o jogo quando entrou para a política.

“Governador, vamos apenas usar a verdade e dados a nosso favor. Claramente as informacoes a respeito de nossas condicoes estao há muito desatualizadas. Por isso, sugiro responder que podemos sim produzir um novo lote desde que recebamos a verba e equipamentos para isso. Anexe os relatórios dos últimos anos desde a nossa última produção e vamos aguardar.”

“Voce acha mesmo que isso vai funcionar?” – reclamou o Bankhoziano.

“Funcionar ou nao isso vai nos dar tempo e fazer com que o império tenha que resolver isso sem parecer que eles sao ineficientes a ponto de nao perceberem que nao temos mais especiarias.”

“E se ainda assim nao funcionar?”

“Se nao funcionar iremos procurar outra solução. Nao adianta nos preocuparmos com o que ainda nao aconteceu.”

Os homens e o ziggydustiano ficaram calados.

***

Na Capital Ziggydustian…

Solimar e Governador se olharam, enquanto Martok franzia o cenho e o Bankhoziano olhava para os sapatos.

“Então? Vamos? Vá logo! Chô!” — disse Governador. Marotk e o Bankhoziano saíram.

“Governador, acho que podemos fazer algo à respeito das Especiariais.”

“Estou ouvindo.”

“Ouvi rumores que no Deserto de Dunas Perpétuas, há uma espécie de animal que é capaz de transformar areia em Especiaria.”

“Que ótimo… e… pra que vamos produzir Especiaria?”

“Ah, não para a Imperatriz… bem, para ela também… mas… principalmente para nós. Como bem sabe, praticamente não existe mais Dillithium na galáxia. Mas pelo que eu li…” — e então pegou um pad de dentro de sua calça e entregou para Governador — “é possível usar Especiaria para viagens espaciais. Os Hyperions acham que serve apenas como uma droga, mas… veja isso.”

Governador leu com atenção. Na tela havia uma espécie de manuscrito com hieróglifos antigos. Governador conhecia bem aquelas imagens… eram de seus ancestrais. Ainda que não fosse totalmente versado em Ziggydustian Antigo, ele sabia que aquela imagem de uma estrela representava a viagem espacial…

“Bem interessante.”

***

Na Capital Ziggydustian…

O governador permaneceu em silencio por um bom tempo, quase até ser constrangedor, mas virou-se aos demais e disse:

“Isso por ser nao apenas uma solução para o nosso problema de mineração, mas também nossa posição perante ao Império”

Marthok tinha a mente muito mais aberta do que a do colega Bankhoziano, para um político pelo menos.

“Governador, nossa economia encolhe ano após ano desde que nossas minas pararam de produzir. A situação só nao está pior porque a falta de dillithium afeta todo o Império. Entretanto, produzir algo que nao apenas substituiu o dillithium como também é renovável, é algo que nos colocaria em uma posição única em todo Império.”

“É exatamente o que eu penso, caro ministro. Se a produção de especiaria se tornar viável, nao apenas teremos mais recursos do que podemos imaginar, como também nosso poder de negociação e influência será tao grande que a própria Imperatriz medirá suas palavras quando se dirigir a nós.”

O ministro Bankhoziamo, entretanto, estava nervoso.

“Mas senhor, o que vai impedir o Império de simplesmente vir aqui e tomar os nossos meios de produção?”

“Por que eles fariam isso se nao souberem o que estamos fazendo?”

Os dois ministros ficaram calados.

“Mande a resposta de que iremos atender as demandas de mineração deles conforme eu havia dito. Mas, quero que voces encontrem uma maneira de produzir especiaria e preparar nossa economia para a construção de uma poderosa frota. Esses serão nossos objetivos primários. O que estao esperando parados aí?”

***

No Deserto de Duna…

Governador observava as primeiras escavações. Havia uma estranha pirâmide enterrada há centenas de anos naquele local. Era interessante… lembrava vagamente uma vida passada dele, onde ele era um Corporativo… Não, não, era outro nome… mas era uma Pirâmide de Especiaria que ele encontraria ali. Ah era…

“Governador, encontramos!” — disse Ministre Alyson. Era Ziggidustian como Governador, mas seu cabelo não era vermelho, era um pink chiclete muito bonito.

“A Pirâmide das Especiarias?”

“O que? Ah… não, não. É uma pirâmide sim, mas veja.” — e trouxe então um pad para Governador. Havia um desenho de uma pirâmide, mas o mais interessante era…

“Pela Galáxia! É um complexo de túneis! Deve ter centenas deles!”

“Milhares. Precisaremos de um esforço considerável para começar a mapear. Os túneis parecem que…” *THUMP!*

“O que foi isso?” *THUMP*

“Não sei, mas…” *THUMP!* “… está se aproximando.”

E então um verme de areia surgiu a menos de trezentos metros da pirâmide. Era enorme. Era magnífico! E numa única bocada comeu a plataforma de estudos com mais de cem Ziggydustians e dois Dracons.

***

No Deserto de Duna…

Horas depois os sobreviventes se agruparam em um campo secundário em uma formação rochosa. Os ânimos não eram dos melhores, afinal o deserto sempre fora considerado um local selvagem e infernal, sendo praticamente esquecido por todos.

O governador sabia que se falhassem naquele momento, o Império ou qualquer outro poder eventualmente faria com eles o mesmo que aquele verme de areia fez com a plataforma.

“Senhores, isso foi uma tragédia imensa. Mas também foi um imenso sacrifício de nossos companheiros.”

“Isso é o que acontece com quem não respeita o deserto.” – disse uma voz rouca se aproximando.

Era um velho freeziggyman, um homem do deserto. Uma espécie de tribo nômade que vivia nas margens da civilização e mantinha vivo costumes antigos.

“Como entrou aqui, velho?”

“Pelos mesmos túneis que meus ancestrais utilizaram e vocês esqueceram. É a única maneira de evitar os vermes se você não os entende.”

Um ziggydustiano de cabelos azuis se manifestou.

“Os conhecer? O Ministério da Ciência tem diversos dados sobre essas criaturas.”

“Dados são apenas informacoes em livros. Falo do conhecimento, da experiência e vivência de geracoes de ziggydustians livres do deserto. Os ancestrais compreendiam essas criaturas e até os domavam.”

O governador decidiu levar aquele velho a sério.

“E você está nos passará esse conhecimento? Por que nos diz tudo isso se sempre nos viram como opressores?”

“A melhor maneira de preservar o deserto e ensinar vocês a não destruí-lo. Num passado distante o deserto foi ápice de um Império que simplesmente desapareceu. Suas ruínas viraram pó e se uniram ao deserto. Mas os vermes permaneceram, e eles se lembram.”

“Isso são apenas delírios de um velho louco. Senhor governador, nossa melhor solução é capturar esses vermes para estudá-los. Se conseguirmos sintetizar a especiaria não precisaremos mais correr esses riscos.”

“Tolo! Os vermes são a chave da especiaria, sem um equilíbrio ela não pode existir. Só existe uma verdade universal, a única lei que rege este mundo e que voces devem respeitar se quiserem ter sucesso.”

“E qual seria, velho?” – questionou o governador.

“A especiaria deve fluir.”

***

No Deserto de Duna…

Vários dias haviam se passado e uma nova movimentação tomou conta do deserto. Uma nova área segura foi estabelecida como base de operacoes e diversos freeziggyman foram “contratados” como consultores.

Na verdade, o governador passou por uma extensa negociação com eles, afinal a parte menos favorecida da população de repente tinha todo o conhecimento necessário para salvar a economia do planeta e eles não tinham obrigação nenhuma de compartilhar.

Por sorte, várias concessões foram feitas. Todos aqueles que eram contra ou desaprovaram tais medidas foram sumariamente demitidos do governo. Em qualquer outra situação isso poderia custar o cargo do governador, mas a interesse maior parecia fazer com que até mesmo a oposição desejasse que aquilo desse certo. Afinal, todos gostariam de uma fatia daquele prêmio.

“Governador, conseguimos aumentar a área de túneis mapeados em 17%.” – informou o ministro de ciências.

“Muito bom. Como estão os estudos sobre os vermes?”

“Estamos usando satélites para mapear altas concentracoes de especiaria, obviamente são em área com maior concentração de vermes. Na verdade, tudo indica que a especiaria faz parte do seu ciclo de vida.”

“Então o velho tinha mesmo razão.”

“O que precisamos agora é de tecnologia para explorar isso. Afinal de contas os freeziggymans nao extraiam especiaria como nós, eles eram expostos a ela ao longo de décadas.”

“Diga-me o que é necessário, garantirei que teremos recursos para tal.”

***

No Deserto de Duna…

Com a ajuda dos freeziggyman a exploração dos túneis estava ocorrendo com grande celeridade.

“Conseguimos muitos dados, e conseguimos coletar uma boa quantidade de Especiaria. No entanto…”

“No entanto?”

“No entanto… não sabemos como usá-las para viagens interplanetárias. Inclusive temos problemas maiores — ainda estamos presos em nosso planeta.”

“Não seja absurde. Temos naves.”

“Sim, naves surradas, velhas… não temos a tecnologia de Amortecedores Inerciais nem de Motores de Impulso. Temos apenas as naves, boa parte delas dos Pacificadores. Temos que desenvolver nossa tecnologia.”

“Sim, mas… não temos nem um Centro de Pesquisa.”

***

No Deserto de Duna…

O governador fora apanhado na cruel armadilha da realidade, na qual eles tinham apenas o glamour das riquezas passadas. Os prédios públicos, veículos até mesmo os mantos cerimoniais estavam se decompondo com o tempo. A decadência se espalhava até mesmo para os poucos pacificadores que ainda estavam estacionados no planeta. Haviam se tornado soldados preguiçosos e covardes.

“Sei que temos poucos recursos estocados e muito a ser feito. Mas, nao vamos conseguir nada sem termos conhecimento e tecnologia para tal. Por isso ordeno a construção de um centro de pesquisas. Também quero um relatório do que mais podemos fazer com os recursos restantes. Nossa meta é nos industrializar e construir uma frota poderosa.”

“Será feito imediatamente, senhor Governador.”

Toda essa movimentação no deserto acabou gerando ondas que movimentaram os demais departamentos do governo. Primeiro precisaram de recursos e trabalhadores no deserto, que gerou uma demanda de materiais e trabalhadores. Depois os laboratórios e universidades viram oportunidades de pesquisa e financiamento. Reparticoes públicas que há anos estavam apenas fazendo o mínimo necessário para justificarem sua existência tiveram que realmente trabalhar.

Duna podia ser uma grande bola de pedra e areia no meio do universo, mas uma vez empurrada para frente, nada conseguiria para-la.

***

Na Capital Ziggydustian…

Governador tinha grandes planos. O maior deles — desenvolver uma nova frota de naves e voltar a ter rotas comerciais com os planetas próximos, além de iniciar a exploração da galáxia. O segundo deles — desenvolver uma maneira de falar sobre a neutralidade de gêneros dos Ziggydustians, sem precisar usar palavras “neutras” que não existiam. Era um belo e complexo trabalho!

***

No deserto de Duna…

As escavações continuavam. E o que eles encontravam era fascinante…

“Jess, encontramos um espécime inteiro de Verme da Areia. Morto, obviamente. Totalmente dissecado. É maravilhoso.”

“E não é só isso. Resgatamos holocubos e diversos equipamentos de Ziggydustians antigos. A tecnologia deles era melhor que a nossa…”

“Muito foi perdido durante A Praga. Mais ainda durante a Reconstrução. Temos que agradecer à Governador pelo Espaçoporto estar em pé… Se não fosse Governador…”

“Querides! Esse freeziggyman acabou de me mostrar uma nova câmara central. Mas… não conseguimos entrar.”

“Por que?”

“Vejam por vocês mesmos.”

“O que são essas… criaturas?”

“Parecem ser Pacificadores, mas… não estão vivos.”

[OFF: Lembrando que você pode e DEVE criar coisas! Inclusive será assim que você vai ganhar os Pontos de Pesquisa e também os recursos para iniciar o seu Turno! No mínimo, você precisa das Techs de Amortecedores Inerciais e Motores de Impulso para o jogo começar!]

***

Na Capital…

O governador estava em um ritmo alucinante de trabalho, o que não era normal para um político comum. Mas, pela primeira vez em séculos havia algo que os motivava a trabalhar e, mais do que isso, trabalharem juntos.

É claro que a máquina administrativa não parava, diversos assuntos ainda precisavam da atenção governador.

O ministro da cultura, um ziggydustiano com cabelo colorido estava presente.

“Conforme dito, se vamos iniciar trocas comerciais e firmar parcerias com outros mundos, precisamos de uma leve modificação cultural.”

“Como assim?”

“As outras culturas sao de gênero duplo, logo eles têm dificuldades em como se dirigir a nós como indivíduos. Pode parecer algo pequeno, mas coisas pequenas levam a grandes desentendimentos.”

“Ora, que usem o masculino ou feminino como desejarem, como voce sabe isso não nos ofende e já temos experiência em saber como nos dirigir a eles. Apenas passe essa informação para o corpo diplomática.”

“É uma solução… simples. Irei fazer. Com licença senhor.”

O ministro saiu e imediatamente um grupo entrou liderado pelo ministro da ciência.

“Ah, ministro. Pelo seu relatório precisamos de amortecedores iniciais e melhores motores para nossas naves.”

“Sim, governador. Nossa frota está obsoleta e a tecnologia que temos não nos permite deixar nosso sistema.”

“Pois inicie o desenvolvimento de tais tecnologias. Isso será o primeiro projeto do nosso centro de pesquisas.”

“Será feito.”

***

No deserto de Duna…

O cenário era parecido com uma história de terror, dezenas de pacificadores parados em pé e mortos.

“Eles são múmias?”

“É o que parece, estão completamente desidratados.”

“Como foi que eles morreram?” – questionou Jess.

“Não sabemos, não há evidências de traumas físicos aparentes. Saberemos mais quando fizermos uma análise mais detalhada.”

“Muito bem, só espero que eles não tenham morrido tentando entrar. Por isso, acho melhor investigarmos os holocubos antes de tentarmos entrar. Traga uma estação de trabalho para cá, quero acessar os dados imediatamente.”

***

No deserto de Duna…

As equipes de cientistas continuavam a trabalhar em conjunto com os Freeziggyman. Era uma troca bastante interessante, pois ao contrário dos Ziggydustians, os Freeziggyman tinham um gênero. Mas apenas um.

Seu gênero era baseado na Especiaria, de modo que somente os Freeziggyman que tinham maiores doses de Especiaria em seu corpo — e portanto maior experiência na vida do deserto — conseguiam se reproduzir.

As conversas entre todos era bastante interessante, mas havia um problema a ser resolvido. Na maior sala da Pirâmide, onde haviam os esqueletos dos Pacificadores…

“Não são esqueletos. São… alguma coisa a mais. Eles voltam a vida todas as vezes que tentamos entrar na sala! E deixam de viver assim que saímos.”

“É algum tipo de armadilha, sem dúvida.”

***

No deserto de Duna…

O chefe da expedicao nao estava gostando nada daquilo. Se aquilo fosse apenas uma pesquisa arqueológica eles certamente tentariam agir com mais cautela, porém nao tinham tempo para aquilo.

“Sao pacificadores mortos, ou melhor, um dia já foram pacificadores. Hoje sao apenas coisas. Chamem uma equipe de segurancas bem armada e vamos acabar com eles.”

“Senhor, nao sabemos se isso irá resolver o problema.”

“Eles até podem voltar a viver depois de serem fuzilados, mas quero ver se carbonizarmos os corpos com plasma.”

Na capital…

O governador esperava ansioso pelo relatório do deserto, nao via a hora de ver tonaladas de especiaria serem extraídas. Porém, outros assuntos demandavam sua atencao.

“Ministro, qual a previsao para completarmos o nosso centro de pesquisa? Temos duas tecnologias importnatíssimas para iniciarmos a construcao de nossa frota.”

***

No deserto de Duna…

O Exército Governamental Ziggydustian não era exatamente um grande exército… afinal, o Governo mal conseguia se estrutura o suficiente para garantir coisas básicas, como saúde, segurança e educação. A pobreza — erradicada durante o período do Impérium — havia voltado ao planeta. A desigualdade, no entanto, era bem pequena. A pobreza, hoje, era mais por falta de recursos do que qualquer outro motivo.

“Trouxemos um batalhão, Ministre Zahar.”

“Mil Ziggydustians. Armas de plasma?”

“Temos apenas quatro pistolas de plasma, os demais usam fuzis de assalto.”

“Lança-chamas?”

“Conseguimos recuperar dez no arsenal.”

“E os lançadores de Plasma de Dobra?”

“Completamente inoperante. Conseguimos dez granadas de Plasma de Dobra, mas não sabemos se vão funcionar.”

“Bem, temos que tentar, não é mesmo?”

[OFF: Vou deixar a luta e a recuperação do local nas suas mãos. Se posso sugerir, recomendo que envolva os Vermes na história!]

***

No deserto de Duna…

Grandes armas inspirava mais coragem em soldados sem experiência e com tensao acumulada por anos sem poder atacar um inimigo de verdade. Aquelas múmias pacificadoras, ou seja lá o que fossem, precisavam ser erradicadas. Mesmo com poucas armas, eles tinham a  vantagem tática de estarem vivos e com cérebros funcionais.

O líder do batalhao mostrou o plano ao Ministro Zahar.

“Basicamente vamos forcar eles no corredor de saída e torrá-los com as armas.”

“Parece um bom plano.” – disse pensando que nao teria outra ideia melhor do que aquela de qualquer maneira.

“Sim, vamos ficar pouco expostos e teremos o controle da situacao.”

“Maravailha, voces tem autorizacao para iniciarem.”

O batalhao escavou duas grandes valas onde instalaram paineis protetores e posicionaram os soldados de acordo com o alcance das armas. Um pequeno grupo iria entrar na escavacao a atrair os pacificadores para fora.

Munidos de armas de baixo calibre, mas muita municao, eles entraram e dispararam contra os pacificadores de modo a cobrir a maior área possível. Imediatamente aquelas criaturas ganharam vida e avancaram contra eles. Nao foi preciso esperar muito tempo para que eles precisassem recuar.

Saindo em disparada, os mais lentos foram mortos, mas o plano funcionara. Dezenas de pacificadores comecaram a sair do pequeno túnel e o batalhao comecou a disparar suas armas.

Por vários minutos o som de gritos abafados juntos com o som do fogo soou intensamente. O cheiro forte tomou o ar, já o vento levou faíscas para todo lado parecia que estavam sob uma chuca macabra.

O líder do batalhao estava satisfeito, mas depois de alguns minutos a municao foi acabando. Precisaram aumentar o perímetro, depois recuar um pouco. Até que as linhas de defesa nao foram mais capazes de deter as criaturas.

“Recuar, recuar!” – gritou o líder.

Mas logo o caos tomou conta do lugar. Os soldados corriam rapidamente em direcao ao deserto na tentativa de escaparem dos pacificadores. Mas estes pareciam ter energia infinita. Se nao fossem detidos, todo o acampamento seria destruído.

O líder do batalhao reuniou toda a coragem que tinha e decidiu que apenas um sacrifício poderia salva-los. Juntou as 10 granadas de plasma de dobra, pulou em um veículo e com sua arma pessoa atraiu o grupo em sua direcao. Quando atingiu uma distancia segura, parou o veículo e esperou o que parecia ser séculos, mas na verdade foram apenas segundos. Dezenas de pacificares pularam em cima dele, entao ele fechou os olhos e apertou o detonador.

Uma explosao fez pedacos de pacificadores saírem voando, permitindo que os sobreviventes pudessem chegar as estruturas do acampamento. Porém, mesmo com o seu sacrifício, o número de pacificadores era alto e os que nao foram queimados ou explodidos, simplesmente voltaram a vida.

“Estamos perdidos.” – disse o ministro ao ver que nao havia mais nada a ser feito.

Como um enxame, os pacificares se agruparam e partiram em direcao do acampamento. Porém, um tremor comecou a balancar tudo, mas nao era causado por uma explosao e nem mesmo pelos passos dos pacificadores.

De repente, quase como uma explosao de um geiser de areia, um gigantesco verme surgiu do chao engolindo os pacificadores. Seu corpo de estendeu centenas de metros em direcao ao céu, chegando a encobrir a visao do sol. Entao comecou a cair. Quando seu corpo atingiu o chao uma enorme nuvem de poeira tomou conta de tudo.

E entao, apenas silencio.

***

No deserto de Duna…

Um Freeziggyman surgiu, aparentemente do nada, para General.

“Os Vermes parecem gostar mais de você do que do cientista que viera antes, General.” — seus olhos irradiavam uma forte aura azulada, e seu manto vermelho se mesclava muito bem com as areias avermelhadas do deserto de Duna.

“Acho que tudo que está lá dentro agora é seu.”

[OFF: E agora é hora de colher os louros! Pode definir o que quer receber e como fará para tirar os recursos do local.]

***

No deserto de Duna…

Após a batalha, os sobreviventes se ocuparam em cuidar dos feridos e recolher os mortos. Os freeziggymans vieram em grandes números, rumores e relatos do que aconteceu chamaram a atencao deles. Estranhas lembrancas daquele povo comecaram a circular e a notícia da pirâmide dourada era vista como um possível sinal de que tais histórias podiam ser verdadeiras.

“Nao estou entendendo… Uma antiga civilizacao? Mas nós sempre estivemos nesse planeta.”

“General, veja bem, nossa história é muito mais antiga do que cremos. O deserto nos mostra que havia algo antes, assim como agora. Estudiosos nunca deram atencao a isso porque o deserto sempre foi considerado algo sem valor. Mas nós, o ziggydustianos que foram para o deserto aprendemos a reconhecer os sinais. Cidades inteiras transformadas em pó pela acao do tempo. Todo o conhecimento anterior também perdido. Apenas os vermes e a especiaria permaneceram.”

“Se isso é verdade, entao o que aconteceu com essa civilizacao que veio antes de nós?”

“Um mistério… É como se tivessem evaporado no ar.”

Nesse momento um dos responsáveis pela escavacao avisou que conseguiram adentrar na pirâmide.

“Vamos ver o que esses pacificadores estavam protegendo.”

Dentro da câmara da pirâmide soldados guardavam o local caso outra armadilha os estivesse esperando. Mas, a visao da pirâmide dourada agora com um buraco em sua base parecia hipnotizar a todos.

Lá dentro havia um tipo de equipamento ou maquinário avancado, era difícil saber qual sua funcao. Estranhamente havia uma sencao de familiaridade, como se a inteligência por trás daquilo todo seguisse a mesma lógica deles.

O general ficou vislumbrado com tudo aquilo.

“Estranho, sinto um forte cheiro de…”

“Especiaria.” – disse o freeziggydustiano olhando o local como se fosse um templo.

***

No deserto de Duna…

Os equipamentos começaram a ser estudados, catalogados e então desmantelados. Foram meses de trabalho duro.

“Com o que conseguimos, podemos construir muitas coisas em nosso planeta! Há peças avançadas, equipamentos eletrônicos… e apesar da idade, a maior parte pode ser adaptada ou pelo menos reparada e colocada para uso.”

“Excelente.”

“E o melhor, com os estudos que fizemos, temos agora condições de desenvolver nossas próprias naves. Claro que temos apenas que formalizar esse conhecimento…”

[OFF: Ganhou 300 Industrializáveis e 30 Pesquisas! USE-AS SABIAMENTE!!!]

***

Na capital…

O governador estava mais do que satisfeito com o resultado daquele enorme empreitada, era o momento de colher seus frutos.

“Ministros, iniciem a construção do nosso centro de pesquisas imediatamente. Também quero um relatório sobre quantos recursos teremos disponíveis depois dessa construção. Sei que precisamos de indústrias e energia.”

Claro que aqueles planos ocupavam os pensamentos de todos, mas o mistério dos pacificadores zumbis e aquela estranha pirâmide era algo que não podia ser ignorado como um simples fato isolado.

Havia algo mais naquele planeta, quase como um mistério, algo oculto e enterrado na areia. De alguma forma eles começaram a escava-lo.

***

Na Capital…

Havia muito trabalho a ser feito. Centenas de caravanas traziam diariamente recursos das antigas Instalações no Deserto de Duna até a Capital. Os Cientistas tinham muito trabalho, e desenvolviam tecnologias perdidas com grande celeridade.

Ao mesmo tempo, havia muitos problemas para serem resolvidos. Era necessário fortaceler a Indústria e a Mineração do planeta… para então começar a explorar outros planetas do próprio sistema estelar e, em breve, de outras estrelas.

E, claro, havia o pedido da Imperatriz que não podia ser ignorado.

[OFF: Por enquanto está tudo OK! O Turno logo começa!]

***

Na Capital…

Governador havia percebido que havia um problema… um grande problema…

“Ministre Rochell… confirme para mim essas contas.” — Governador trazia um pad com informações de construção de uma nova Indústria, duas Mineradoras, uma Usina de Enérgium e um Centro de Pesquisa. Todos seriam construídos próximos ao Espaçoporto, que estava em excelentes condições após os reparos.

“Infelizmente está correto, Governador. Precisaremos de pelo menos mais 20 lotes de Duranium para construir tudo isso…”

“Duranium que não temos.”

“Isso não é de todo correto.” — era Drogon, um Dracon de dois metros e trinta e cinco de altura. Estava vestindo um traje de deserto, pois ele passava mais tempo na Pirâmide do que na Capital. Era o Ministro das Ciências. Seu rosto era marcado por cicatrizes, era completamente calvo, e emanava uma aura de calma… quase apavorante.

“Usando os sensores de alta resolução do Espaçoporto, encontrei… uma estação espacial abandonada. Está a pouco mais de 20 U.A. de nosso planeta. Se desmantelarmos, vamos conseguir por baixo 30 Duranium, além de tecnologias e Industrializáveis.”

“Mas?”

“Mas é certo que ela está abandonada, mas não necessariamente desprotegida. E não temos armas ou naves que sirvam para atacá-la. Precisaremos usar de subterfúgios. Uma nave pequena, uma equipe infiltrada. Trabalho especializado.”

***

Na Capital…

O governador não estava esperando que tivessem que usar forca naquele momento, mas agora eles também tinham novos recursos que não possuíam antes.

“Nossos soldados não possuem treinamento para ataques assim, mas temos pequenas naves capazes de chegar lá sem chamar atencão. Mas, há um grupo famoso por ser muito sorrateiro.”

“O que o governador está sugerindo, contratar mercenários?”

“Não, os freeziggydustians. Seus números não são grandes, por isso eles se especializaram em furtividade.”

“Isso seria uma boa tática. Mas, por que acha que nos ajudariam nisso?”

“Eles estão cooperando conosco no deserto, mas nos ajudar com esse problema é algo que eles não teriam motivos. Por isso, eles precisam de mais motivos.”

“O senhor sugere algum tipo de… comprometimento?”

“Chame de um gesto de boa vontade. Eles sempre foram um povo isolado e nunca fizemos nada para realmente estreitar nossas relacoes até agora.”

“Mas o que podemos oferecer?”

“O que eles quiserem.”

“Governador?”

“Vamos perguntar, dar a vantagem a eles. Envie um pedido a eles e diga que estarei disposto a encontrá-los para discutir os termos.”

***

No Deserto de Duna…

Os Freeziggymen não pediram nada em troca. Ou quase nada — eles não tinha naves, então queriam acesso ao Espaçoporto, além de uma nave devidamente adaptada por eles.

Governador considerou o pedido bem palatável e forneceu a primeira nave Ziggydustian para eles. Era uma nave pequena, com capacidade para cerca de doze pessoas, além de carga. A nave era cinza, com um polimento “reverso” que a deixava fosca. Os motores de Impulso eram novíssimos e tinham um belo brilho azul, como se tivessem partículas de Especiaria no mesmo (e de fato tinham).

Os Freeziggymen fizeram poucas adequações na nave, especialmente na questão de Suporte de Vida, onde instalaram os filtros recuperadores de água, além de redundâncias como trajes adicionais para todos. Os bancos também receberam cintos de cinco pontos, e Amortecedores Inerciais individuais. Mesmo num impacto forte, ninguém ficaria ferido.

***

No Espaçoporto…

Dez Freeziggymen, um Ziggydustian de nome Elói (Captain da missão) e um Bankhoziano, Franz, estavam observando a nave com curiosidade. A nave tinha cerca de doze metros de comprimento, duas finíssimas naceles que tocavam o chão, três metros de largura e três metros de altura, e nenhuma abertura visível.

Todos estavam vestindo roupas de sobrevivência no deserto, além de capacetes de plexiglass bem gastos (eram relíquias do passado). Elói se aproximou da nave e tocou um ponto esbranquiçado próximo da parte mais fina da nave, e então um brilho azul revelou a porta, além de estender uma pequena rampa. A porta se abriu silenciosamente, e todos entraram. A nave era funcional, com muitos compartimentos e bancos confortáveis, rosados, feitos de couro artificial de alta resistência.

Franz tomou a dianteira da nave, ao lado de Elói, e começou a acionar os controles da nave.

“Os motores estão à 120% da capacidade nominal. Trói, faça o inventário das rações e da água. Michonne, por favor verifique as pistolas e entregue aos seus companheiros. Elahim, você ficará com o console de comunicações. Peça autorização para partida.”

[OFF: Pode continuar!]

***

A bordo da Verme Cinzento…

A equipe de freeziggydustians permanecia praticamente calada ao longo da viagem. Apesar de estarem viajando pela primeira vez no espaco, aquelas pessoas pareciam ainda estar se comportando como se estivessem esperando a noite fria no deserto passar.

Elói tentou, no início, fazer com eles interagisse mais, mas logo percebeu que eles tinham seus costumes e tinham que se concnetrar na missao.

“Prevejo que a missao seja calma e sem problemas.” – disse Franz mais uma vez, como se estivesse tentando se convencer daquilo ou os outros.

“Nossos satélites nao mostram atividade lá, mas nao temos uma boa resolucao para captar esse tipo de estrutura. Além disso, nao temos muitas informacoes além de que ela deve estar lá ainda.”

“Uma estacao abandonada, é apenas lixo espacial.”

“Uma antiga estacao de pesquisas abandonada, deve estar lá há pelo menos 150 anos. Quando a economia ruiu, ela foi abandonada.”

“Entao nao deve ter nada lá, prevejo uma missao tranquila.”

Elói revirou os olhos e tentou se ocupar.

As horas passaram lentamente, mas logo os sensores da nave mostraram algo grande se aproximar, porém outros sinais também foram detectados.

“Droga, era o que eu temia.” – disse Elói.

“O que foi?” – perguntou Franz.

“Sao espaciais. Piratas, aproveitadores, mercenários, chame do que quiser. Devem estar usando isso como uma base ou ponto de encontro.”

“E agora?”

“Elahim, alguma coisa nos canais de comunicao?”

“Conversas esporádicas entre as naves. Deve ter pelo menos 3 delas, além da estacao.”

“O que vamos fazer?” – perguntou Franz a beira de perder a compostura.

“Vamos cortar os motores e usar apenas propulsores. Michone, temos as plantas da estacao, há uma comporta de carga auxiliar. Podemos manobrar perto o suficiente para voces entrarem e tomarem a estacao.”

“E quanto as outras naves?” – questionou Elahim.

“Deem um jeito de espantarem elas daqui.”

“Pode deixar.”

Os freeyiggydustians comecaram a preparar-se para o EVA enquanto Elói manobrava a nave agora em uma escuridao quase ocmpleta. O Bankhoziano nao conseguia falar nada, seu nervosismo lhe trouxe uma nova senscao: parlaizia de medo.

***

[OFF: Você criou dificuldades muito grandes para sua história! kkkkk Mas vamos resolver! xD]

Na Estação Abandonada…

A nem-tão-pequena Verme Cinzento se aproximava cautelosamente da Estação Orbital. Ainda que não tivesse camuflagem, a nave não emitia sinais de rádio, e sua cobertura fosca era boa para absorver — e não refletir — sinais de radar. Usando mínimos movimentos coordenados de pulsos de motor de impulso, em conjunto com a primeira lei de Newton, o transporte se aproximava de uma escotilha da enorme estação sem ser (aparentemente) observado.

O clima dentro da nave era tenso. Todes estavam preparados para lutar, caso fosse necessário. Todes, exceto Franz. Franz estava aterrorizado, paralisado pelo medo.

***

A Estação Abandonada era enorme… era composta por dois grandes círculos de pouco mais de dois mil metros de diâmetro, unidos por dez braços e três braços radiais que se uniam num grande núcleo central. O núcleo tinha pelo menos cem metros de comprimento e era uma espécie de cilindro com pontas arredondadas. Havia centenas de pequenas janelas, quase todas apagadas. Algumas tinham luzes amareladas tremeluzentes, enquanto no topo do cilindro parecia haver uma espécie de domo de plexiglass no qual podiam ser visto alguma atividade além de luzes acesas.

“Lá é o centro de controle.” — disse Elói.

“Franz, você precisa conectar com os computadores da estação. Franz?” — Elahim olhava para Franz, que estava com os olhos esbugalhados.

“Elói, creio que… Franz não esteja bem.”

“Eu… eu estou bem.” — Franz respirava forte, obviamente amedrontado.

“Certo. Franz… preciso que você se concentre. Precisamos acessar os computadores da estação. Você consegue?”

“Se eu ficar aqui… consigo.”

“Ele tem medo do espaço?” — perguntou um dos Ziggyfreemen.

“Não… tenho medo desses piratas que vão nos matar…”

“Calma, eles não nos detectaram. Já atraquei com a estação, e inicializei os geradores de gravitrons. Estamos bem fixos aqui, e onde estamos não podemos ser vistos. Pelos canais de comunicação, não há qualquer informação de que…”

*BOOOM!* — alguma coisa havia atingido o Verme Cinzento. Fora um golpe forte, que tremera toda a nave. Era uma espécie de gancho magnético, vinda da própria estação.

Franz corria em direção da escotilha da nave, enquanto gritava — “JÁ ABRIIII! JÁ ABRIIIII!”

Elói rapidamente ligou os instrumentos da nave, se preparando para partir, e então ele percebera que já era tarde demais. Mas de fato, Franz havia aberto — havia aberto a escotilha de acesso da Estação! Mas, pelo jeito, acionara também defesas da mesma. Um segundo *BOOOM!* fora sentido, e a nave começara a se movimentar.

“TODOS PARA FORA! AGORA!” — gritava Elói. Franz já estava abrindo a escotilha da nave, e um woosh fora sentido enquanto a atmosfera da mesma era expulsa. Franz estava desesperado, mas em seu desespero ele tinha boas intenções. Infelizmente quem não estava amarrado fora empurrado direto pela escotilha, bem como uma infinidade de pequenos itens que começaram imediatamente a flutuar no espaço.

*BOOOOOM!* — uma terceira garra grudara na nave. Em instantes, ela estava sendo acelerada para a imensidão do espaço.

Todos conseguiram sair e acionaram seus trajes. Era a primeira vez que todos faziam uma caminhada EVA real, e o coração de todos batiam com força. Quinze metros… dez metros… cinco metros… e todos entraram na escotilha da estação, onde, desorientados, caíam no chão ao serem atraídos pela gravidade artificial da mesma.

Elahim fechara a escotilha com um pequeno puft, e então a mesma se pressurizou. Estavam numa pequena câmera de descompressão e descontaminação. Era suficiente para até cem pessoas, e tinha cerca de dez metros de altura. Estava completamente escura, exceto pelas luzes dos trajes dos Ziggynautas.

“Não estou detectando sinais de vida além dessa escotilha. Mas… há atividade elétrica e…” — e de repente centenas de pequenos escaravelhos negros começaram a entrar na pequena antesala onde todos estavam. Franz começara a gritar! Elahim, no entanto, sabia o que eram.

“CALMA! São Escaravelhos do Deserto. Eles comem poluição e contaminação. NÃO TOQUE NELES, FRANZ! Eles não são agressivos, mas eles sabem se defender.”

[OFF: Pode continuar!]

***

Na Estação Abandonada…

Elahim agarrou Franz pelo traje e tentou acalma-lo, pois este estava hiperventilando.

“Calma, respire! Faca junto comigo. Inspire, e expire. Inspire e expire.”

Aos poucos Franz se acalmou. Os pequenos insetos estavam fazendo o trabalho deles e ignorando a presenca de todos ali.

Elói: “Eles sabem que estamos aqui. Entao temos que usar o tempo a nosso favor. Elahim, vamos achar um terminal que voce possa acessar. Michone e Trói, voces cuidam da retarguarda.”

O grupo checou suas armas e silenciaram todas as comunicacoes. Sem problemas elas conseguiram abrir a escotilha e entraram na estacao.

O local era pouco iluminado e mostrava sinais claros de abandono e falta de manutencao. Se eles na estivessem tao preocupados com a missao teriam tempo para refletir como aquela grandiosa estrutura mostrava como tinham recuado e perdido recursos, tecnologia e poder ao longo dos séculos.

Eles se moveram o mais rápido possível, seguindo a atividade elétrica a fim de encontrar algo que lhes desse acesso. Depois de alguns minutos chegaram ao que parecia ser usado como depósito de suprimentos e também dormitório. Haviam alguns piratas ali que nao perceberam a presenca do grupo.

Elói sinalizou para Michone e Trói. Os tres tomaram posicao se escondendo nas sombras até que atacaram ao mesmo tempo. Os piratas mal perceberam o que aconteceu antes de caírem mortos no chao.

Elahim: “Aqui, um terminal de comunicacao. Há mensagens dizendo que destruíram nossa nave, eles nao sabem que escapamos. Também estao brigando pelos espólios.”

Elói: “Isso nos dá uma vantagem. Franz, consegue acessar os sistemas a aprtir daqui?”

Franz: “Esse terminal tem acesso limitado, precisamos ir a algum tipo de área de controle.

Elói: “Elahim, consegue desligar as comunicacoes daqui?”

Elahim: “Desligar nao, mas posso inundar os canais com mensagens, isso os deixará confusos.”

Elói: “Execute.”

Elahim digitou vários comandos no terminal até ele comecar a exibir diversas notificaoes uma após a outra.

O grupo prosseguiu avancando usando os antigos esquemas da estacao, porém várias secoes estavam fechadas ou isoladas. Levou mais tempo do que gostariam. Por várias vezes eles encontaram piratas e os eliminaram, mas sabiam que ao acharam algum centro de comando nao teriam como permanecer mais ocultos.

Após algum tempo os corredores estavam mais iluminados e a presenca de piratas era maior. Eles se dividiram e usaram os dutos de manutencao para manter vantagem tática. Logo viram onde o antigo centro administrativo era e como os piratas estavam usando o local como um comando improvisado.

Elói sinalizou para todos. Os freeziggydustians tinham como especialidade um ataque rápido e letal, normalmente vindo das sombras ou de outro local oculto. E aquela estacao tinha o ambiente perfeito para isso.

Os piratas estavam confusos com o sistema de comunicoes mandando mensagens estranhas e aleatórias, o que estava causando uma série de discussoes. Isso permitiu que um ataque rápido eliminasse metade dos piratas ali, já os demais mal tiveram tempo de reagir e foram abatidos.

Elói: “Franz, consegue fazer o que precisa daqui?”

Franz: “Sim, estou tomando o controle da estacao. Consigo ver o resto dos piratas nos sensores. O que devemos fazer?

Elói: “Podemos entrega-los aos pacificadores, mas nao ganharemos nada com isso. Corte o suporte de vida no resto da estacao, deixe-os inconscientes.”

Elahim: “E como vamos sair aqui?”

Elói: “Vamos tomar essas naves para nós. Mande uma mensagem para as naves piratas dizendo que temos uma supresa aqui para para eles, que capturamos um grupo de soldados e muitas armas. Assim que as naves atracarem vamos usar a mesma armadilha e o rosto das tripulacoes será fácil de eliminarmos.”

Franz: “Perdemos uma nave, mas poderemos capturar pelo menos três. Nada mal.”

***

Na Estação Abandonada…

Com uma ação rápida e coordenada, os Freezyggidustians conseguiram tomar a estação.

“Interessante… não foram os piratas que tomaram nossa nave. Foi uma ação autônoma de auto-defesa.”

“Excelente. Vamos usá-la para nossos fins.”

E assim o fizeram. Com pouco esforço, conseguiram três Corvetas para os Ziggydustians!

***

Nos próximos dias, o grupo matou cerca de cem Piratas. Eles eram… interessantes. Vinham todos de sistemas próximos, eram párias de planetas com os quais Ziggydustian tivera comércio nos últimos séculos. Seu objetivo era sempre bem simples, pelo que parecia — roubar naves de transporte.

“Interessante é que temos pouquíssimo comércio interestelar por aqui.”

A Estação tinha uma boa quantidade de recursos, entre eles boas quantias de Industrializáveis e Duranium. Não tinha Dillithium, mas tinha um pouco de Enérgium. Infelizmente as armas estavam completamente inoperantes.

“E as Corvetas não estão muito melhores. São antigas.”

“Mas tem tecnologias melhores que as nossas!”

A Estação não poderia ser recuperada como uma estação em si, mas tinha recursos valiosos para os Ziggydustians!

[OFF: Ganhou os Recursos! E três Corvetas! Pena que estão sem combustível! =P]